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MapleStory - Sword 3

Deltora Quest- Livro 3

    Este é o primeiro capítulo de um dos livros de Emily Rodda, só para mostrar uma boa ecritora, como J. K. Rowling e Rick Riordan.

                                                           CAPÍTULO 1- A Armadilha


      Com os pés doloridos e fatigados. Lief, Barda e Jasmine dirigiram-se para o oeste, na direção da lendária cidade dos ratos. Eles pouco sabiam sobre o seu destino, exceto que se tratava de um lugar maligno e há muito abandonado por seu povo. Entretanto, tinham quase certeza de que uma das sete pedras perdidas do cinturão de Deltora estava escondida lá.
      Os companheiros haviam caminhado sem parar o dia todo e, naquele momento, quando o sol cintilante deslizava na direção do horizonte, ansiavam por parar e repousar. Mas a estrada que percorriam, profundamente sulcada pelas rodas de carroças, ziguezagueava por uma planície cujo solo se encontrava totalmente tomado por arbustos espinhentos. Os espinheiros cobriam toda a estrada e se estendiam até onde a vista podia alcançar.
      Lief suspirou e tocou o Cinturão oculto debaixo da camisa em busca de consolo. Agora ele continha duas pedras: o topázio dourado e o rubi escarlate. Ambas haviam sido conquistadas com grandes dificuldades e, nesse processo, grandes feitos haviam sido realizados.
      O povo de Raladin, com quem haviam ficado nas duas últimas semanas, desconhecia a busca pelas pedras perdidas. Manus, o pequeno ralad que os acompanhara na busca pelo rubi, jurara silêncio. Mas não era segredo que os companheiros haviam causado a morte da malvada feiticeira Thaegan, aliada do cruel
Senhor das Sombras. E também não era segredo que dois dos 13 filhos da bruxa tiveram o mesmo destino que a mãe. Os ralads, finalmente livres da maldição de Thaegan, criaram muitas canções de alegria louvando os amigos por seus feitos.
      Fora difícil deixá-los. Difícil abandonar Manus, a felicidade, a segurança, a boa comida e as camas macias e quentes do vilarejo oculto. Mas ainda havia cinco pedras a serem encontradas e, enquanto não fossem recolocadas no Cinturão, a tirania do Senhor das Sombras não poderia ser derrotada. Os três companheiros precisavam prosseguir.
      — Esses espinheiros são intermináveis — Jasmine queixou-se, a voz interrompendo os pensamentos de Lief, que se voltou para fitá-la. Como sempre, a pequena criatura peluda chamada Filli encontrava-se aninhada no ombro dela e piscava por entre a massa de cabelos negros de sua dona. Kree, o corvo, que nunca se afastava muito da vista de Jasmine, esvoaçava sobre os espinheiros próximos e apanhava insetos. Ao menos ele estava cuidando do estômago.
      — Há alguma coisa adiante! — Barda avisou, apontando para um ponto branco cintilante ao lado da estrada.
      Curiosos e esperançosos, eles correram para o local onde, sobressaindo-se dos espinheiros, havia uma estranha placa.

                                                  TOM- Tudo Para O Viajante


      — O que isso significa? — Jasmine murmurou.
      — Parece estar apontando a direção de algum tipo de loja — supôs Lief.
      — O que é loja?
      Lief olhou de relance para a garota perplexa e então lembrou que ela passara a vida nas Florestas do Silêncio e que nunca vira muitas das coisas que ele considerava normais.
      — Uma loja é um lugar para comprar e vender mercadorias — Barda explicou. — Hoje em dia, na cidade de Del, as lojas são malservidas, e muitas foram fechadas. Mas antigamente, antes do Senhor das Sombras, havia muitas que vendiam alimentos, bebidas, roupas e outros artigos.
      Jasmine olhou para ele, intrigada. Lief se deu conta de que mesmo assim ela não compreendia. Para ela, os alimentos nasciam nas árvores e a bebida corria nos riachos. Outros objetos eram encontrados ou fabricados, e o que não podia ser encontrado ou fabricado era esquecido.
      Eles caminharam com dificuldade estrada acima, conversando em voz baixa e tentando esquecer o cansaço. Mas logo ficou escuro demais para enxergar alguma coisa e eles tiveram de acender uma tocha para guiar-lhes o caminho. Barda segurava a chama bruxuleante para baixo, porém todos sabiam que ela ainda podia ser vista do alto.
      O pensamento de que os seus passos poderiam ser seguidos com tanta facilidade era desagradável. Mesmo àquela hora, os espiões do Senhor das Sombras poderiam estar patrulhando os céus. Além disso, eles ainda não tinham saído do território que fora de Thaegan. Embora ela estivesse morta, eles sabiam muito bem que a maldade havia dominado por muito tempo e que o perigo era uma ameaça em todos os lugares.
      Cerca de uma hora depois de acenderem a tocha, Jasmine parou e olhou para trás.
      — Estamos sendo seguidos. Não só por uma criatura, mas por muitas — ela sussurrou.
      Embora não conseguissem ouvir nada, Lief e Barda não se preocuparam em perguntar-lhe como percebera. Eles haviam aprendido que os sentidos de Jasmine eram muito mais aguçados e afiados que os seus. Ela podia não saber o que eram lojas, mas seus outros conhecimentos eram muito amplos.
      — Eles sabem que estamos à frente deles — ela murmurou. — Eles param quando paramos e andam quando andamos.
      Em silêncio, Lief puxou a camisa para cima e olhou para o rubi cravado no Cinturão. Seu coração acelerou quando viu, sob a luz bruxuleante da tocha, que o vermelho vivo da pedra havia se transformado num cor-de-rosa pálido.
      Barda e Jasmine também observavam a pedra. Assim como Lief, eles sabiam que a cor do rubi esmaecia quando algum perigo ameaçava quem o usava. Sua mensagem, naquele momento, era clara.
      — Então, nossos seguidores têm más intenções — Barda murmurou.
      — Quem serão eles? Será que Kree poderia voltar e...
      — Kree não é uma coruja! — Jasmine disparou. — Ele não consegue enxergar no escuro, não mais do que nós. — Ela se agachou, encostou o ouvido no solo e, franzindo a testa, ouviu com atenção. — Pelo menos os nossos perseguidores não são Guardas Cinzentos. São silenciosos demais e não estão marchando.
      — Talvez seja um bando de ladrões que pretende armar uma emboscada assim que pararmos para dormir ou descansar. Precisamos voltar e lutar! — A mão de Lief já se encontrava no punho da espada. As canções dos ralads soavam em seus ouvidos. O que era um grupo de ladrões maltrapilhos comparado aos monstros que ele, Barda e Jasmine haviam enfrentado e derrotado?
      — O meio de uma estrada margeada por espinheiros não é um bom lugar para oferecer resistência, Lief — argumentou Barda, sombriamente.
      — E aqui não há nenhum lugar em que possamos nos esconder e pegar os inimigos de surpresa. Devemos continuar e tentar encontrar um local melhor.
      Os amigos recomeçaram a andar, dessa vez mais depressa. Lief olhava para trás constantemente, mas não havia nada entre as sombras.
      Eles alcançaram uma árvore morta que parecia um fantasma ao lado da estrada, o tronco desbotado destacando-se entre os espinheiros. Momentos após eles a terem ultrapassado, Lief sentiu uma mudança no ar e a sua nuca começou a formigar.
      — Eles estão acelerando — Jasmine constatou, ofegante.
      E então eles ouviram o som. Um uivo longo e baixo que gelava o sangue.
      Filli, agarrado ao ombro de Jasmine, emitiu um leve som assustado. Lief viu que o pêlo do animalzinho se arrepiara por todo o seu corpinho.
      Seguiu-se mais um uivo e depois outro.
      — Lobos! — Jasmine sussurrou. — Não vamos conseguir fugir. Eles estão perto demais!
      Ela preparou mais duas tochas com o material que levava na sacola e acendeu-as na que já carregava. — Eles vão ficar com medo do fogo — ela disse, colocando os dois fachos recém-acesos nas mãos de Lief e Barda. — Mas precisamos enfrentá-los. Não podemos voltar-lhes as costas.
      — Vamos ter de andar de costas até a loja de Tom? — agarrando a sua tocha, Lief tentou fazer uma brincadeira, mas nem Jasmine, nem Barda acharam graça. O homem fitava a árvore morta que cintilava fracamente ao longe.
      — Eles só se aproximaram depois que passamos pela árvore — murmurou. — Queriam impedir que subíssemos nela e escapássemos. Não são lobos comuns.
      — Estejam preparados — Jasmine advertiu.
      Ela já empunhava a adaga, e Lief e Barda desembainharam as espadas. Eles permaneceram juntos, as tochas no alto, esperando.
      E, acompanhando outro coro de uivos de gelar o sangue, da escuridão surgiu o que pareceu um mar de pontos de luz amarela em movimento — eram os olhos dos lobos.
      Jasmine agitava a tocha à sua frente de um lado para o outro. Lief e Barda faziam o mesmo, de modo que a estrada ficou bloqueada por uma linha de chamas em movimento.
      Os animais diminuíram o passo, mas ainda avançavam, rosnando. À medida que se aproximavam da luz, Lief podia ver que, de fato, não se tratava de lobos comuns. Eram imensos, cobertos por um pêlo espesso e opaco com listras marrons e amarelas. Os lábios se arregaçaram para trás, deixando à vista as mandíbulas furiosas, e o interior das bocas abertas não era vermelho, mas preto.
      Lief os contou rapidamente. Eram 11. Por algum motivo, esse número significava algo para ele, mas não conseguia lembrar do que se tratava. De qualquer forma, não havia tempo para preocupar-se com tais pensamentos. Acompanhado de Barda e Jasmine, começou a caminhar para trás com a tocha em movimento contínuo. Mas, a cada passo que os amigos davam, os animais faziam o mesmo.
      Lief lembrou-se de sua piada tola, "Vamos ter de andar de costas até a loja do Tom?", ele perguntara.
      Naquele momento, parecia que era exatamente isso que seriam obrigados a fazer. 'As bestas estão nos guiando", ele pensou.
      As bestas estão nos guiando... Eles não são lobos comuns... Eles são 11...
      — Barda! Jasmine! — sussurrou, com um frio no estômago. — Eles não são lobos. Eles são...
      Mas não conseguiu terminar, pois, naquele instante, ele e os amigos deram outro passo para trás, a enorme rede que havia sido armada para eles se fechou e os três ficaram pendurados no alto, aos gritos.

É isso ai! Acabou-se o primeiro capítulo, mas se quiserem ter o livro comprem-o ou baixem ele. Existem vários sites que oferecem downloads de livros, basta pesquisar! Valeu, até a próxima!



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